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quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Sociólogo português relaciona violência de gênero com atavismo cultural


O sociólogo e professor Manuel Lisboa, da Universidade Nova de Lisboa, relaciona a violência contra as mulheres como um atavismo cultural forte, que tenta codificar até mesmo a relação entre pessoas do mesmo sexo.

A afirmação foi feita em aula ministrada na Cátedra UNESCO de Leitura, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).


Lisboa, que participou de banca de doutorado no curso de Letras da PUC-Rio, é licenciado, mestre e doutor em Sociologia pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Além dessa formação, é especializado em Sociologia das Organizações, Sociologia do Gênero e da Vida Privada, e Metodologia de Investigação Sociológica.

Segundo ele, seu país é um exemplo de como “foi possível passar de um lugar tradicional e conservador, até 1974, para um país que adota políticas de igualdade de direitos para as mulheres a partir dos anos 80”.

O sociólogo relaciona o tema da violência contra as mulheres com a violência no âmbito dos direitos humanos. Afirma categoricamente que ela não é estrutural, mas conjuntural, mesmo que essa noção seja combatida nos domínios jurídicos e policiais. Ele reforça o argumento dizendo que “até a procura das causas que produzem e reproduzem a violência e intervenção situa-se mais na prevenção”.

Lisboa disse que a investigação científica desempenhou um papel fundamental, descobrindo que o fenômeno é holístico. Por essa razão, dimensões separadas do mesmo fenômeno não dão conta. Informou que o primeiro estudo de âmbito nacional sobre a violência contra as mulheres em Portugal é de 1995, desenvolvido por uma equipe de investigação da Universidade Nova de Lisboa.

Entre as descobertas está que uma a cada duas mulheres é vítima de pelo menos um ato de violência física, psicológica e/ou sexual. Que a grande maioria dos atos ocorre no espaço familiar da casa. Que só menos de 1% das vítimas recorre à polícia e aos tribunais, mesmo que a legislação a partir de 1991 penalize grande parte dos atos. E que a vitimização em geral é transversal a todos os estratos sociais e faixas etárias.

Há ainda estudos da década de 2000 mostrando a violência extrema, detectada nos Institutos de Medicina Legal, que tem a incidência dos custos da violência sobre a família, na atividade profissional, na saúde e na educação.

Foi feita a comparação dessa violência de homens contra mulheres, detectando suas causas socioculturais. Segundo ele, os Institutos de Medicina Legal mostram que as trajetórias da violência podem vir desde a fase do namoro e, consequentemente, os filhos são vítimas diretas. Mais de 90% dos filhos assistem à agressão contra as mães.

Já existem cálculos estimativos dos custos individuais da violência entre familiares e amigos, e colegas de profissão, com danos à saúde física e psicológica, e efeitos sobre o processo educativo. Segundo Lisboa, a combinação desse conjunto de evidências demonstra as causas socioculturais da violência e que a violência contra mulheres é de gênero.

O professor apontou que o local mais frequente da violência são a casa, locais públicos e de trabalho. A pesquisa revelou que os opressores agem segundo os modelos mais ‘estereotipados’ da masculinidade.

FONTE: Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação (ALC)

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