Arqueólogos apresentam provas incontestáveis da construção feita por Herodes no Monte do Moriá
Uma descoberta recente está animando
estudiosos da Bíblia e da história de Israel, em especial aqueles que
anseiam pela reconstrução do Templo no alto do Monte Moriá. Após 12 anos
de pesquisas meticulosa, arqueólogos israelenses conseguiram
reconstruir sete partes originais do piso do templo edificado por
Herodes, no alto do monte Moriá, que foi destruído no ano 70.
Um verdadeiro “quebra-cabeças” foi montado
partir de 600 pedaços de cerâmica encontrados nos escombros do que a
administração palestina do Monte do Templo tentou esconder. Há anos os
muçulmanos tentam eliminar provas da história judaica no lugar.
De maneira ilegal, toneladas de terra
foram escavadas e lançadas fora como aterro, mas os especialistas estão
cuidadosamente resgatando moedas, potes e cerâmicas. É o projeto
Peneirar o Monte do Templo.
Esses pedaços do piso, que lembram
ladrilhos modernos, são parte de um trabalho supervisionado por Gabriel
Barkay e Yitzhak Dvira. Eles explicaram ao portal de notícias Ynet que o
material reconstruído é “de uma beleza excepcional, e provavelmente
foram utilizados nos pórticos, na entrada do acesso ao Templo”. Lembram
que o historiador judeu Flávio Josefo descreveu em seus escritos que
eles eram coloridos. “Temos aqui pela primeira vez um vislumbre da
beleza do lugar”, comemora Barkai.
Piso onde Jesus andou
Originalmente importados de Roma, da Ásia
Menor, da Tunísia e do Egito, os mosaicos que formam o piso foram
cortados em diferentes formas geométricas. Provavelmente foram feitos
por artesãos estrangeiros e enviados para Herodes, o Grande pelo
imperador Augusto.
Frankie Snyder, especialista em pisos
decorativos antigos e que trabalha com o projeto Peneirar ajudou a
reconstruiu as peças. Ele explica que o estilo, chamado Opus Sectile,
era distintivo de pisos exclusivos feitos na época. Basicamente eram
pedras multicoloridas polidas e cortadas para compor uma diversidade de
formatos geométricos.
Este mesmo estilo de decoração de pisos
foi encontrado em outras construções de Herodes o Grande e visto nas
ruínas dos palácios erguidos por ele em Massada, Herodium e Jericó. Uma
característica-chave desses mosaicos herodianos é o seu tamanho, que
corresponde à medida de um pé romano: 29,6 centímetros.
O dr Barkay acredita que além de conectar
os judeus com seus antepassados, o achado deve ter grande importância
para os cristãos. “Este provavelmente é o piso por onde as moedas
rolaram quando Jesus virou as mesas dos cambistas!”, acredita.
Trata-se da mais incisiva evidência física
e arqueológica que havia um Templo Judaico no Monte do Templo 2 mil
anos atrás. “É a primeira vez em que arqueólogos foram capazes de
restaurar com sucesso um elemento do complexo que formava o Segundo
Templo”, comemora Zachi Dvira, co-fundador e diretor do projeto
Peneirar. Até agora a maioria das descobertas era de moedas, selos e
pedaços de argila e cerâmica da época.
Schneider e Dvira apresentaram suas
descobertas esta semana, na conferência anual da Megalim, central de
estudos da antiga Jerusalém.
Projeto Peneira
Coordenado pela Universidade Bar-Ilan e a
Fundação Cidade de Davi, o “Peneira” deseja investigar todo o material
dos mais de 400 caminhões de terra retirados do Monte do Templo e
despejados em um vale, perto da Cidade Velha de Jerusalém.
Zachi Dvira, idealizador do projeto que
possibilita que voluntários ajudem na escavação, explica que desde o
início do projeto em 2004, mais de 170 mil pessoas já participaram.
Cerca de 50% da terra retirada do local sagrado já foi analisada.
O doutor Barkay afirma que esse “aterro” é
o “maior crime arqueológico da história de Israel”. Afinal, o Monte do
Templo está no centro da disputa política sobre Israel ser (ou não) a
capital de um futuro Estado da Palestina.
“O Monte do Templo é o mais delicado e
mais importante sítio arqueológico no país, e jamais foi escavado por
causa da política. É uma incógnita; um pedaço de terra desconhecida”.
Após a reunificação de Jerusalém durante a
Guerra dos Seis Dias, em 1967, Israel retomou o controle de sua
capital, mas por causa de um acordo, o Monte permanece sob domínio do
governo jordaniano. Achados arqueológicos que comprovem que ali
repousava o templo de Salomão colocariam por terra os argumentos
muçulmanos de que os judeus não têm direito ao local.
Fonte: Gospel Prime
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