Um deles, o pastor
Charles Mathole da Igreja do Evangelho Redimido, em Mombasa Kisauni, foi morto
a tiros por agressores desconhecidos que invadiram sua igreja sábado à noite,
enquanto ele preparava o sermão de domingo.
No dia seguinte,
agressores desconhecidos também mataram o pastor Ibrahim Kithaka da Igreja
Pentecostal Kilifi, da África Oriental. Seu corpo foi encontrado em um matagal.
Dois rapazes que o acompanhavam estão desaparecidos. Sua moto foi encontrada a
poucos metros de seu corpo.
Os crimes ocorreram um
mês após o ataque terrorista de Westgate. Poucos dias depois, o radical
islâmico Ibrahim Ismail também foi morto por pessoas desconhecidas. Desordeiros
que protestavam contra o assassinato de Ismail incendiaram a Igreja do Exército
da Salvação em Majengo. Após isso, a tensão permaneceu alta mesmo quando os
líderes da igreja pediram ao governo para garantir a sua segurança.
"Todos os líderes
da igreja já haviam recebido mensagens de texto ameaçadoras, mas elas
aumentaram desde que o radical foi morto", disse um pastor local à Portas
Abertas. "As mensagens de texto de um número desconhecido diziam: ‘Esteja
preparado, estamos indo atrás de você.’ Nós comunicamos isto à polícia, mas
nenhuma prisão foi feita."
"Duas semanas
atrás, houve um debate a céu aberto aqui perto, onde os líderes muçulmanos
incitaram a juventude local contra os cristãos. Eles também nos maltrataram.
Nós relatamos ao OCPD (Comandante da Divisão de Polícia – sigla em inglês), que
prometeu acabar com a reunião, mas não o fez", relatou outro líder.
"Nós também
ouvimos [rumores] de que [extremistas] tinham como alvo destruir cinco igrejas
específicas. Nós não sabemos quais são as igrejas, mas nós informamos a polícia
sobre isso também."
O Fórum de Pastores da
Igreja em Mombasa emitiu um comunicado esta segunda-feira (28), protestando
contra a morte de dois pastores e exortou o governo a intensificar a segurança.
"O Fórum da Igreja
em Mombasa afirma categoricamente que nenhum ataque contra cristãos ou líderes
da igreja vai nos impedir de adorar a Deus, nem limitar nossa liberdade de
religião. Aos autores desses ataques hediondos, informamos que não vamos ser
intimidados e continuaremos a louvar ao Senhor em nossas igrejas", disse o
bispo Wilfred Lai, presidente do Fórum da Igreja em Mombasa.
Questionado sobre como
as igrejas locais e seus líderes estão lidando com a situação, um colaborador
da Portas Abertas disse: "Estamos tristes [sobre as mortes], mas
continuamos fortes. Deus é o nosso refúgio. Ninguém pode fugir da morte. Eu só
posso descansar na certeza de que Deus vai me proteger e à minha família."
Ele continuou: "O mais triste de tudo é que coisas como essas afetam a frequência à igreja e reduzem o número de membros da congregação. Mas eles também são muito desconfiados de qualquer pessoa nova que vem à igreja, e não são tão acolhedores quanto antes. É natural, temerem por suas vidas."
Ele continuou: "O mais triste de tudo é que coisas como essas afetam a frequência à igreja e reduzem o número de membros da congregação. Mas eles também são muito desconfiados de qualquer pessoa nova que vem à igreja, e não são tão acolhedores quanto antes. É natural, temerem por suas vidas."
"Ore pela proteção
de Deus. Ore também por encorajamento para os pastores, pois o stress e a preocupação
são motivos suficientes para provocar a saída de missionários da área. É
interessante que, apesar de tudo o que está acontecendo, eu não tenho medo! Mas
se há um momento em que os líderes da igreja e os missionários são testados, é
agora. É neste momento de constante questionamento, se seremos os próximos a
ser mortos, que a nossa vocação é realmente testada. Que Deus dê a todos os
cristãos quenianos mais força e graça! Precisamos disso”, concluiu.
Fonte: Portas Abertas
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